Prefeito e vice de Agrestina são presos em operação que investiga desvios em recursos pĂșblicos

Por Portal Folha de Pernambuco O prefeito de Agrestina, Thiago Nunes, e o vice, Zito da Barra, foram presos pela terceira fase da Operação Pescaria, deflagrada pela PolĂ­cia...

Por João Paulo Pereira em 10/09/2020 às 12:21:51
Por Portal Folha de PernambucoO prefeito de Agrestina, Thiago Nunes, e o vice, Zito da Barra, foram presos pela terceira fase da Operação Pescaria, deflagrada pela PolĂ­cia Federal, nesta quinta-feira (10), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão - alĂ©m do prefeito e do vice, tambĂ©m foram presos um funcionĂĄrio da prefeitura e dois empresĂĄrios, que não tiveram os nomes revelados pela polĂ­cia. A operação investiga desvios de recursos pĂșblicos na prefeitura da cidade do Agreste de Pernambuco. De acordo com as investigações, as vantagens ilĂ­citas teriam sido obtidas atravĂ©s da contratação de uma empresa de fachada de forma fraudulenta, com recursos federais. O carĂĄter competitivo do processo licitatório era então frustrado e os contratos eram executados por meio de terceiros desqualificados, segundo comunicado oficial da PolĂ­cia Federal. AlĂ©m dos presos, a operação cumpre 13 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de pessoas ligadas ao esquema criminoso. Mandados de afastamento de funções pĂșblicas de servidores municipais de Agrestina tambĂ©m foram expedidos, assim como mandados de abertura de sigilos bancĂĄrios e fiscal dos investigados. Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 5ÂȘ Região. O prefeito Thiago Nunes foi levado à Delegacia de PolĂ­cia Federal de Caruaru, tambĂ©m no Agreste. Na casa de um dos suspeitos alvos de busca e apreensão, os policiais encontraram R$ 110 mil em espĂ©cie e R$ 100 mil em folhas de cheque em um cofre. A investigação que culminou com a deflagração da terceira fase da Operação Pescaria mira a lavagem dos lucros ilicitamente auferidos pela organização criminosa. A quadrilha usava conta bancĂĄria ligada a um "laranja" vinculado ao grupo. Segundo a polĂ­cia, a conta bancĂĄria servia aos investigados para o recebimento de transferĂȘncias bancĂĄrias e depósitos em espĂ©cie. A maioria dos depósitos eram feitos em valores baixos e sem a identificação da origem, realização de saques de valores vultuosos, bem como, tambĂ©m, para a utilização de cheques assinados em branco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro. As outras fases foram deflagradas em 21 de fevereiro e em 28 de março do ano passado. Os crimes investigados nesta terceira fase da operação são de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Agrestina para saber o posicionamento da gestão sobre a prisão do prefeito e do vice-prefeito e aguarda retorno para a atualização do texto.
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