Se estivesse vivo, Rogaciano Leite completaria 100 anos nesta quarta-feira (1º); autoridades prestam homenagem ao poeta (assista)

Por Repórter do Sertão Nesta quarta-feira (1º), se estivesse vivo, o poeta e jornalista itapetinense Rogaciano Bezerra Leite completaria 100 anos. A festa que ia acontecer...

Por João Paulo Pereira em 01/07/2020 às 12:46:00
Por Repórter do SertãoNesta quarta-feira (1º), se estivesse vivo, o poeta e jornalista itapetinense Rogaciano Bezerra Leite completaria 100 anos. A festa que ia acontecer para comemorar o centenário do poeta teve que ser cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. Além da vasta programação da Prefeitura, também aconteceria uma Feira Literária realizada pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Em breve a CEPE vai lançar um livro com as obras do poeta, nascido no dia 1º de julho de 1920, no Sítio Cacimba Nova, zona rural de Itapetim-PE. Autoridades a exemplo do prefeito de Itapetim Adelmo Moura, o Secretário de Cultura Ailson Alves, apologistas e admiradores de Rogaciano gravaram vídeos em homenagem ao poeta. (Assita abaixo)https://www.youtube.com/watch?v=HzWkWmyo8W4&feature=youtu.be Filho do casal de agricultores Manoel Francisco Bezerra e de Maria Rita Serqueira Leite, Rogaciano Leite, de infância simples e humilde, como qualquer filho de agricultor da região, desde criança demonstrava interesse pela poesia e, aos 15 anos de idade, enfrentou pela primeira vez em desafio, o poeta Amaro Bernadino na cidade de Patos-PB, onde iniciou sua vida de cantador e conheceu o poeta Pinto de Monteiro. Ao completar a maioridade, Rogaciano teve que deixar sua terra natal e seguir em busca de sobrevivência pelo o mundo afora, mas sempre voltava ao Ventre imortal da poesia para visitar os parentes. O poeta sempre guardou recordações da sua terra mãe, da casa paterna e do seu cavalo branco, ao qual desfilava pelas ruas quando passava por Itapetim. Seu talento poético atravessou fronteiras e, a partir de 1968, passou uma temporada na França e em outros países da Europa, chegando até a União Soviética. Em passagem pela URSS, deixou registrado em monumento na Praça de Moscou, um de seus famosos poemas, intitulado "Os Trabalhadores", que segundo Paulo Cardoso, foi traduzido para vinte e cinco idiomas. Publicou em Plaquetas e Cordéis, os poemas: "Acorda Castro Alves"; "Quando Eles se Encontram Novamente"; Dois de Dezembro"; "Poemas Escolhidos" (publicado em 1956 pela Imprensa Oficial em Fortaleza, com 48 páginas); "O Cantador Antonio Marinho" (pulicado, como separata da Revista de Investigações em São Paulo, em 1950, com 25 páginas) e o mais famoso de todos, "A Morte de Maria Coquinha". A sua maior e mais citada obra é o livro "Carne e Alma", com vários poemas, publicado pela primeira vez em 1950 no Rio de Janeiro pela editora Pongetti, com Prefácio de Luis da Câmara Cascudo. Ao longo dos anos, essa obra recebeu elogiosos aplausos por parte da crítica literária brasileira, a exemplo de Mauro Mota, Gilberto Freyre, Costa Porto, Assis Chateaubriand, Jorge Amado e outros. Outro famoso poema também pulicado é "Cabelos Cor de Prata", feito de improviso em Recife e gravado em forma de música pelo cantor Silvio Caldas. O seu trabalho jornalístico lhe rendeu três Prêmios Esso de Jornalismo, sendo um em 1965 com a reportagem "A Fronteira do Fim do Mundo", sobre a Amazônia e o Território de Roraima, outro em 1966, com a reportagem "Boa Esperança é Sonho Transformado em Realidade", a qual falava sobre a Hidroelétrica Boa Esperança, no Piauí e o terceiro em 1967 com a série de Reportagens "No mundo amargo do açúcar". [caption id="attachment_37655" align="alignnone" width="655"] O repórter Rogaciano Leite. Foto: Facebook Centenário Rogaciano Leite[/caption] Rogaciano Leite faleceu em 07 de outubro de 1969 no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto do miocárdio. Ele foi sepultado no Cemitério São João Batista em Fortaleza-CE, cidade onde residia e terra natal de sua esposa.
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