Após 17 anos desaparecida, mulher reencontra famĂ­lia em Fortaleza-CE com ajuda das Secretarias de AssistĂȘncia Social e SaĂșde de Itapetim

Por João Paulo Pereira em 31/10/2024 às 17:27:35
Silvia com o filho Pedro Henrique, o neto, o irmão e a assistente social Girleusa. Foto: Cortesia

Silvia com o filho Pedro Henrique, o neto, o irmão e a assistente social Girleusa. Foto: Cortesia

Uma história de dor que terminou com um final feliz e emocionante proporcionado pelo reencontro de Silvia Helena de Souza, 53 anos, com sua famĂ­lia, após 17 anos de separação. Silvia, que estava desaparecida desde 2007, deixou para trĂĄs seus cinco filhos, dois homens e trĂȘs mulheres, em Fortaleza, no CearĂĄ, e só agora conseguiu retornar ao convĂ­vio familiar. A viagem dela para o reencontro foi coordenada pelo CREAS (Centro de ReferĂȘncia Especializado de AssistĂȘncia Social), e CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), de Itapetim-PE, que acompanharam a senhora em toda a trajetória de recuperação.

Pedro Henrique, filho de Silvia e o primeiro a recebĂȘ-la de volta, tinha apenas 11 anos quando sua mãe desapareceu. "Foi uma maravilha. Estou muito feliz em ter ela de volta. Só tenho que agradecer primeiramente a Deus e a todas as pessoas que ajudaram a trazer ela de volta pra casa", disse Pedro emocionado. Hoje com 28 anos, ele tem um filho, a quem a avó conheceu pela primeira vez. HĂĄ cerca de trĂȘs anos, Pedro recebeu uma informação através de uma postagem no Facebook, que indicava que Silvia poderia estar em São Paulo. No entanto, a busca não teve sucesso, e a famĂ­lia continuou sem notĂ­cias. Henrique contou que sua mãe possui laudo que comprova uma Esquizofrenia e quando ele tinha 06 anos, ela o entregou para sua madrinha, que faleceu hĂĄ pouco tempo.

Silvia, chegou em Itapetim no final de julho e a história começou a mudar em agosto, quando as equipes de assistĂȘncia social foram informadas da presença de uma senhora em situação de rua. A partir daĂ­, o CREAS e o CAPS, programas ligados às Secretarias de AssistĂȘncia Social e SaĂșde, respectivamente, se mobilizaram para garantir o acolhimento e tratamento da mulher, levando-a para um hospital psiquiĂĄtrico em Recife, e ao CAPS 3 em Afogados da Ingazeira, até que seu quadro clĂ­nico se estabilizasse. De volta a Itapetim, recebeu estadia, alimentação, produtos de higiene e medicamentos fornecidos pela gestão municipal, que não poupou esforços para resgatar sua dignidade.

A procura por sua famĂ­lia foi intensificada quando as equipes conseguiram o contato com um pastor da Igreja Universal, instituição que Silvia frequentava em Fortaleza. No Ășltimo domingo (27), o pastor localizou os seus familiares.

Nesta quinta-feira (31), uma equipe do CREAS e do CAPS foram à Fortaleza para levar Silvia até sua famĂ­lia. O reencontro foi emocionante. "Estou muito feliz, não tenho palavras, pois jĂĄ tĂ­nhamos ela como morta", afirmou Pedro, ao Repórter do Sertão.

O esforço coletivo simboliza o papel fundamental da assistĂȘncia social em ressignificar vidas e restaurar a dignidade dos mais vulnerĂĄveis. A história de Silvia não traz de volta apenas a alegria para uma famĂ­lia que hĂĄ muito sofria com a ausĂȘncia, mas reafirma o impacto do trabalho humano e dedicado das equipes de saĂșde e assistĂȘncia social do Governo Municipal de Itapetim.




Silvia com equipe da AssistĂȘncia Social de Itapetim. Foto: Cortesia

Silvia com a equipe do CAPS de Itapetim. Foto: Cortesia

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