Vacina brasileira contra a covid-19 serĂĄ testada in vivo pela Fiocruz

Por Vladimir Platonow - AgĂȘncia Brasil Uma vacina contra a covid-19 serĂĄ testada em seres vivos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia...

Por João Paulo Pereira em 10/06/2020 às 20:50:46

Por Vladimir Platonow - AgĂȘncia Brasil

Uma vacina contra a covid-19 serĂĄ testada em seres vivos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). O teste serĂĄ em modelo animal, fase de desenvolvimento chamada de estudos prĂ©-clĂ­nicos. A informação foi divulgada em nota, nesta quarta-feira (10), pela Fiocruz."A abordagem do projeto Ă© de uma vacina sintĂ©tica, com base em peptĂ­deos antigĂȘnicos de cĂ©lulas B e T - ou seja, com pequenas partes de proteĂ­nas do vĂ­rus capazes de induzir a produção de anticorpos especĂ­ficos para defender o organismo contra agentes desconhecidos - neste caso, o Sars-CoV-2 [covid-19]", explicou a Fiocruz. Segundo o instituto, essas biomolĂ©culas, identificadas em modelo computacional (in silico), foram produzidas por sĂ­ntese quĂ­mica e validadas in vitro. Os peptĂ­deos foram acoplados em nanopartĂ­culas, que funcionam como uma forma de "entrega", para apresentar essas biomolĂ©culas para o sistema imune com melhor imunogenicidade e ativar sua defesa. "As vantagens da abordagem vacinal sintĂ©tica são a rapidez no desenvolvimento em comparação às metodologias tradicionais e o não requerimento de instalações de biossegurança nĂ­vel 3 para as primeiras etapas de desenvolvimento (sendo necessĂĄrias somente a partir dos estudos prĂ©-clĂ­nicos), bem como o custo reduzido de produção e a estabilidade da vacina para armazenagem", detalhou a Fiocruz. A fundação explicou que, na próxima etapa, serão feitas formulações vacinais com essas biomolĂ©culas acopladas em nanopartĂ­culas, para avaliação in vivo, onde serão obtidos os primeiros resultados relacionados à imunidade conferida ao novo coronavĂ­rus. "A partir dos resultados dos estudos prĂ©-clĂ­nicos, parte-se para a fase dos estudos clĂ­nicos de fases I, II e III. De qualquer forma, mesmo em processo acelerado de desenvolvimento tecnológico e, obtendo resultados positivos em todas as etapas futuras, a vacina autóctone de Bio-Manguinhos/Fiocruz não chegarĂĄ ao registro antes de 2022", concluiu.
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