Aplicativo mapeia risco de contaminação pelo coronavírus e emite alerta para usuário em PE

Por Bianka Carvalho, TV Globo Um aplicativo promete auxiliar a mapear como está ocorrendo a transmissão do novo coronavírus em Pernambuco. Desenvolvido em um desafio de...

Por João Paulo Pereira em 01/05/2020 às 20:20:31
Por Bianka Carvalho, TV GloboUm aplicativo promete auxiliar a mapear como está ocorrendo a transmissão do novo coronavírus em Pernambuco. Desenvolvido em um desafio de inovação, o "Dycovid - Dynamic Contact Tracing" funciona a partir do monitoramento da proximidade entre celulares e do banco de casos confirmados de Covid-19 pela Secretaria de Saúde, para então alertar ao usuário se ele pode ter contraído o vírus.

O aplicativo foi criado a partir do desafio lançado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Porto Digital e Secretaria Estadual de Saúde para minimizar os impactos da doença. O secretário de Tecnologia e Inovação do MPPE, Antônio Rolemberg, afirmou que a ferramenta garante a privacidade e não pede dados pessoais.

"É uma aplicação oficial do estado, não é um aplicativo feito por uma empresa para vender, foi feita por uma empresa que ganhou um contrato com a gente a partir de um desafio de inovação", disse.

Ao instalar o programa no celular, o número telefônico é transformado em uma chave de identificação. "Não se pede nome da pessoa. O único dado que você vai dar é o seu número de celular, que precisa ser validado. É para comprovar que é você quem está instalando no seu aparelho", explicou Rolemberg.

O rastreio de contato é feito de forma anônima e digital a partir do aplicativo, que guarda as pessoas com quem o usuário teve contato e o tempo em que ela esteve em contato. Através do número de celular, o sistema verifica se alguma daquelas pessoas, a partir do número de telefone informado por elas ao serem atendidas no sistema de saúde, consta no banco de dados de casos confirmados.

Caso alguma delas apresente resultado positivo para Covid-19, o usuário é alertado. Nenhum nome é revelado. "Quando ele faz esse batimento com o banco de dados e verifica que eu estou com coronavírus, a partir desse momento, a aplicação informa às pessoas que estiveram comigo que estão com risco elevado", apontou Rolemberg.

A pessoa é avisada do nível de risco: quanto mais perto a pessoa esteve de alguém que teve diagnóstico para a doença, maior é o nível de alerta.

"Posteriormente, o que pode acontecer? A Secretaria de Saúde vai poder escolher quem pode fazer o teste. Ela não está monitorando pessoas, mas sim celulares que estão sendo monitorados pela proximidade com casos de coronavírus. Eu posso estar assintomático", lembrou o secretário.

Com isso, explicou o representante do MPPE, é possível identificar o fluxo de contaminação do Covid-19, mapeando de forma automatizada como o vírus está passando de pessoa para pessoa. Dessa forma, a proposta é tentar interromper a transmissão contínua ao alertar os contatos sobre a possibilidade de infecção e oferecer aconselhamento preventivo ou cuidados.

O aplicativo é gratuito e, por enquanto, foi disponibilizado apenas para os celulares com sistema Android instalado.

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