Confira pagamentos e tributos adiados ou suspensos durante pandemia

Por: AgĂȘncia Brasil Terminar o mĂȘs escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de brasileiros que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por...

Por João Paulo Pereira em 12/04/2020 às 06:59:10
Por: AgĂȘncia BrasilTerminar o mĂȘs escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de brasileiros que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por causa da pandemia do novo coronavĂ­rus. Para reduzir o prejuĂ­zo, o governo adiou e atĂ© suspendeu diversos pagamentos esse perĂ­odo. Tributos e obrigações, como o recolhimento das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ficarão para depois. Em alguns casos, tambĂ©m Ă© possĂ­vel renegociar. Graças a resoluções do Conselho MonetĂĄrio Nacional (CMN), os principais bancos estão negociando a prorrogação de dĂ­vidas. Os agricultores e pecuaristas tambĂ©m poderão pedir o adiamento de parcelas do crĂ©dito rural. A AgĂȘncia Nacional de SaĂșde (ANS) fechou um acordo para que os planos não interrompam o atendimento a pacientes inadimplentes atĂ© o fim de junho. AlĂ©m do governo federal, diversos estados estão tomando ações para adiar o pagamento de tributos locais e proibir o corte de ĂĄgua, luz e gĂĄs de consumidores inadimplentes. No entanto, consumidores de baixa renda ficarão isentos de contas de luz por 90 dias em todo o paĂ­s. Os adiamentos não valem apenas para os consumidores. Em alguns casos, a Justiça estĂĄ agindo. Liminares da 12ÂȘ Vara CĂ­vel Federal em São Paulo proibiram o corte de serviços de telefonia de clientes com contas em atraso. Diversos estados estão conseguindo, no Supremo Tribunal Federal, decisões para suspenderem o pagamento de dĂ­vidas com a União durante a pandemia. Confira as principais medidas temporĂĄrias para aliviar o bolso em tempos de crise:Empresas• Adiamento do pagamento da contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor PĂșblico (Pasep). Os pagamentos de abril serão quitados em agosto. Os pagamentos de maio, em outubro. A medida anteciparĂĄ R$ 80 bilhões para o fluxo de caixa das empresas. • Adiamento da Declaração de DĂ©bitos e CrĂ©ditos TributĂĄrios Federais (DCTF) do 15Âș dia Ăștil de abril, maio e junho para o 15Âș dia Ăștil de julho. • Redução em 50% da contribuição das empresas para o Sistema S por trĂȘs meses, de abril a junho. Microempresas • Adiamento, por seis meses, da parte federal do Simples Nacional. Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, novembro e dezembro. • Adiamento, por trĂȘs meses, da parte estadual e municipal do Simples Nacional. Os pagamentos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, pertencente aos estados) do Imposto sobre Serviços (ISS, dos municĂ­pios) de abril, maio e junho passaram para julho, agosto e setembro. Microempreendedores individuais (MEI) • Adiamento das parcelas por seis meses. Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, novembro e dezembro. A medida vale tanto para a parte federal como para parte estadual e municipal (ICMS e ISS) do programa.Pessoas fĂ­sicas• Adiamento, por dois meses, do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa FĂ­sica e do pagamento da primeira cota ou cota Ășnica. A data passou de 30 de abril para 30 de junho. • O cronograma de restituições, de maio a setembro, estĂĄ mantido. • Suspensão, por 90 dias, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para emprĂ©stimos. Imposto deixarĂĄ de ser cobrado de abril a junho, injetando R$ 7 bilhões na economia.Empresas e empregadores domĂ©sticos• Suspensão das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por trĂȘs meses, inclusive para empregadores domĂ©sticos. Valores de abril a junho serão pagos de julho a dezembro, em seis parcelas, sem multas ou encargos.Compra de materiais mĂ©dicos• Redução a zero das alĂ­quotas de importação para produtos de uso mĂ©dico-hospitalar • Desoneração temporĂĄria de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens necessĂĄrios ao combate ao Covid-19Contas de luz• As suspensões ou proibição de cortes de consumidores inadimplentes cabe a cada estado. No entanto, consumidores de baixa renda, que gastam atĂ© 220 quilowatts-hora (kWh) por mĂȘs, estarão isentos de pagarem a conta de energia. O valor que as distribuidoras deixarão de receber serĂĄ coberto com R$ 900 milhões de subsĂ­dio da Conta de Desenvolvimento EnergĂ©tico (CDE).Contas de telefone• AgĂȘncia Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicou a operadoras telefônicas que não cortem o serviço de clientes com contas em atraso. Serviços interrompidos deverão ser restabelecidos em atĂ© 24 horas. Decisão atende a liminares da 12ÂȘ Vara CĂ­vel Federal em São Paulo que valem para todo o paĂ­s. A agĂȘncia tentou recorrer das decisões, mas perdeu.DĂ­vidas em bancos• Autorizados por uma resolução do Conselho MonetĂĄrio Nacional (CMN), os cinco principais bancos do paĂ­s - Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, ItaĂș Unibanco e Santander - abriram renegociações para prorrogarem vencimentos de dĂ­vidas por atĂ© 60 dias. • Renegociação não vale para cheque especial e cartão de crĂ©dito. • Clientes precisam estar atentos para juros e multas. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ă© preciso verificar se o banco estĂĄ propondo uma pausa no contrato, sem cobrança de juros durante a suspensão, ter cuidado com o acĂșmulo de parcelas vencidas e a vencer e perguntar se haverĂĄ impacto na pontuação de crĂ©dito do cliente.Financiamentos imobiliĂĄrios da Caixa• Caixa Econômica Federal anunciou pausa de 90 dias os contratos de financiamento habitacional, para clientes adimplentes ou com atĂ© duas parcelas em atraso, incluindo os contratos em obra. Quem tinha pedido dois meses de prorrogação terĂĄ a medida ampliada automaticamente para trĂȘs meses. • Clientes que usam o FGTS para pagar parte das parcelas do financiamento poderão pedir a suspensão do pagamento da parte da prestação não coberta pelo fundo por 90 dias. • Clientes adimplentes ou com atĂ© duas prestações em atraso podem pedir a redução do valor da parcela por 90 dias. • CarĂȘncia de 180 dias para contratos de financiamento de imóveis novos.Produtores rurais• CMN autorizou a renegociação e a prorrogação de pagamento de crĂ©dito rural para produtores afetados por secas e pela pandemia de coronavĂ­rus. Bancos podem adiar, para 15 de agosto, o vencimento das parcelas de crĂ©dito rural, de custeio e investimento, vencidas desde 1Âș de janeiro ou a vencer.Estados devedores da União• Governo incluiu uma emenda ao Plano de Promoção do EquilĂ­brio Fiscal (PEF), ainda em discussão na Câmara, para suspender os dĂ©bitos dos estados com o governo federal por seis meses. A medida injetarĂĄ R$ 12,6 bi nos cofres estaduais para enfrentarem a pandemia. • Enquanto a emenda não Ă© votada, 17 estados conseguiram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspenderem as parcelas de dĂ­vidas com a União.
Comunicar erro

ComentĂĄrios

Acompanhantes