A vacina chegou, mas os cuidados contra a Covid-19 não podem ir embora
Por Portal Folha de Pernambuco
A vacinação contra a Covid-19, enfim, teve inĂcio no Brasil. Sem medicações comprovadamente eficazes para tratar a doença provocada pelo...
Por Portal Folha de PernambucoA vacinação contra a Covid-19, enfim, teve inĂcio no Brasil. Sem medicações comprovadamente eficazes para tratar a doença provocada pelo novo coronavĂrus, a imunização em larga escala Ă© a Ășnica maneira de conseguir controlar a disseminação do vĂrus e diminuir o elevado nĂșmero de doentes e mortos.
Mas, atĂ© que esse processo de imunização atinja uma porcentagem significativa da população a ponto de nos permitir voltar a viver sem tantos protocolos, vai levar alguns meses. Enquanto isso, Ă© de suma importância que todos mantenham as medidas de prevenção contra o vĂrus, mesmo aqueles que forem vacinados.
O uso correto da mĂĄscara (cobrindo nariz e boca), a higienização frequente das mãos, preferencialmente com ĂĄgua e sabão, mas, quando não for possĂvel, com ĂĄlcool a 70% (lĂquido ou em gel), e o distanciamento fĂsico mĂnimo de 1,5 metro deverão fazer parte da rotina por mais algum tempo.
Outros comportamentos que ajudam a diminuir o risco de infecção Ă© optar, sempre que possĂvel, por ambientes abertos e ventilados, alĂ©m de evitar locais cheios, as famosas aglomerações.
"Tudo aquilo que a gente discutiu em 2020 continua. A vacina chegou, era o que a gente aguardava, mas não precisamos perder exatamente aos 45 do segundo tempo. Se tivermos uma vacinação em massa esse ano, acredita-se que vamos deixar de usar mĂĄscara no meio de 2022. Só acreditamos em uma vacinação em massa no mundo, com imunidade de rebanho, a partir da metade do ano que vem", diz o mĂ©dico infectologista do hospital universitĂĄrio Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco (UPE), Felipe Prohaska, explicando como agem as vacinas.
"A vacina ensina o sistema imunológico da gente a atacar as doenças. Ele chega lĂĄ e diz como o vĂrus ou bactĂ©ria funciona. 'Aprenda a enfrentar porque quando vocĂȘ der de cara vai saber como derrotar'. Ă como um tĂ©cnico de futebol, que ensina os jogadores a fazerem o gol."
De acordo com o infectologista, se o Sars-CoV-2 se comportar como os demais vĂrus de formato semelhante (coroa), não serĂĄ necessĂĄrio atualizar a vacina de forma periódica, como acontece com a da gripe.
"O influenza tem alta taxa de mutação, se transforma a cada ano, por isso a necessidade de vacinar todo ano. A corona (sic) Ă© um vĂrus de coroa. Se ela obedecer a regra de outras doenças de coroa, como o sarampo e o rotavĂrus, a vacinação Ășnica, em duas doses, Ă© suficiente para dar proteção para o resto da vida."