Estudante de veterinĂĄria Ă© picado por cobra Naja e internado em estado grave no DF

Por Afonso Ferreira, G1 DF A PolĂ­cia Civil do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂĄveis (Ibama) investigam um estudante de...

Por João Paulo Pereira em 08/07/2020 às 18:20:37

Por Afonso Ferreira, G1 DF

A PolĂ­cia Civil do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂĄveis (Ibama) investigam um estudante de medicina veterinĂĄria, picado por uma cobra da espĂ©cie Naja, em BrasĂ­lia. O caso ocorreu na terça-feira (7) e o jovem, de 22 anos, estĂĄ internado em estado grave em um hospital particular do Gama.

De acordo com a ocorrĂȘncia registrada na Delegacia Especial de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes Contra a ordem UrbanĂ­stica e o Meio Ambiente (Dema), um auditor fiscal do Instituto BrasĂ­lia Ambiental (Ibram) procurou a delegacia, nesta quarta (8), informando que não hĂĄ registro de importação da serpente.

"Não foi encontrado registro do animal em nome do estudante, nos sistemas daquele órgão", diz a ocorrĂȘncia.

A PolĂ­cia Civil afirmou ao G1 que não descarta que a cobra tenha chegado ao DF por meio do trĂĄfico de animais. Durante a tarde, o Ibama esteve no endereço onde mora o estudante, no GuarĂĄ.

Espécie perigosa

A Naja Ă© nativa da Ásia e da África, e faz parte do grupo de cobras mais venenosas do mundo. A infectologista Joana D'arc Gonçalves explica que a serpente pode produzir acidentes graves.

"[A espĂ©cie] libera numa neurotoxina que vai atuar no sistema nervoso central, que pode levar à paralisia respiratória", explica a mĂ©dica.

Ainda de acordo com a especialista, o fato da espĂ©cie não ser brasileira faz com que seja "muito complexo fazer o diagnóstico e o tratamento adequado". O soro usado para tratar o estudante de veterinĂĄria veio do Instituto Butantan, de São Paulo.

Na delegacia do Meio Ambiente, o auditor do Instituto BrasĂ­lia Ambiental disse que o jovem mantinha uma pĂĄgina em uma rede social, com fotos e vĂ­deos de algumas espĂ©cies de cobras. Mas, segundo o servidor pĂșblico, "depois do ocorrido a pĂĄgina foi estranhamente apagada".

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