Butantan inicia produção de mais 5 milhões de doses da CoronaVac

Por Folhapress Após atraso na entrega de insumos, o Instituto Butantan iniciou, na noite desta terça-feira (20), a produção de mais 5 milhões de doses da vacina Coronavac,...

Por João Paulo Pereira em 22/04/2021 às 08:17:34
Por FolhapressApós atraso na entrega de insumos, o Instituto Butantan iniciou, na noite desta terça-feira (20), a produção de mais 5 milhões de doses da vacina Coronavac, que devem ser entregues ao MinistĂ©rio da SaĂșde no dia 3 de maio. Na Ășltima segunda-feira (19), vieram da China para São Paulo 3.000 litros do IFA (Insumo FarmacĂȘutico Ativo), ingrediente necessĂĄrio para a formulação e envase da vacina no paĂ­s, enviados pela farmacĂȘutica Sinovac. A falta de matĂ©ria-prima havia barrado a produção em 7 de abril. Desde janeiro, o total de unidades da Coronavac repassadas pelo governo de São Paulo ao ministĂ©rio chega a 41,4 milhões de doses - Ă© a principal vacina aplicada nos brasileiros. As doses são encaminhadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) para serem distribuĂ­das proporcionalmente aos estados. Com a nova produção iniciada nesta terça, o instituto pretende aumentar o total de doses entregues para 46,4 milhões. Um segundo carregamento de matĂ©ria-prima, com mais 3.000 litros -correspondentes a outras 5 milhões de doses-, aguarda autorização para embarque e deve chegar nas próximas semanas ao estado, mas ainda sem data definida. Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, o atraso e o parcelamento da entrega dos insumos em dois lotes não deve alterar o cronograma final. Este Ă© o segundo atraso na entrega do IFA. Em janeiro, houve episódio semelhante após imbróglio da gestão do presidente Jair Bolsonaro com o governo chinĂȘs. A partir do recebimento da matĂ©ria-prima, o primeiro passo Ă© armazenĂĄ-la em câmara fria e contĂȘiner de aço inox, explica o Butantan. Depois, o contĂȘiner Ă© encaminhado para a sala de tanques para transferĂȘncia do composto para a bolsa de agitação e, daĂ­, para o tanque pulmão, onde ocorre o processo de envase. Durante o processo de envase os frascos-ampola são lavados e esterilizados por meio de ar seco quente, passam automaticamente para a entrada da mĂĄquina envasadora e, por meio de esteiras automĂĄticas, são posicionados nas agulhas que despejam o produto dentro dos frascos via bomba dosadora. Os frascos-ampola jĂĄ com o produto são entregues pela esteira automĂĄtica à recravadora, para recebimento do selo de alumĂ­nio. Uma terceira fase Ă© a inspeção visual manual, rotulagem e checagem dos rótulos e, por fim, embalagem dos frascos-ampola. Por Ășltimo, após o conteĂșdo envasado, são feitos testes de qualidade por amostragem, incluindo aspecto, pH, volume extraĂ­vel, volume mĂ©dio, teor de alumĂ­nio, teste de vedação, osmolalidade, identidade, conteĂșdo antigĂȘnico, toxicidade, esterilidade e endotoxina.
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