exigir que os participantes do Pix adotem controles adicionais em relação a transações envolvendo contas marcadas no DICT, inclusive para fins de eventual recusa a seu processamento, combatendo assim a utilização de contas de aluguel ou os chamados laranjas;
 determinar que os participantes de arranjos de pagamentos eletrônicos compartilhem, tempestivamente, com autoridades de segurança pĂșblica, as informações sobre transações suspeitas de envolvimento com atividades criminosas;
exigir das instituições reguladas controles adicionais sobre fraudes, com reporte para o ComitĂȘ de Auditoria e para o Conselho de Administração ou, na sua ausĂȘncia, à Diretoria Executiva, bem como manter à disposição do Banco Central tais informações;
 exigir histórico comportamental e de crĂ©dito para que empresas possam antecipar recebĂveis de cartões com pagamento no mesmo dia, reduzindo a ocorrĂȘncia de fraudes.
Prevenção de crimes
Em nota, o BC informou que as medidas ajudarão a prevenir crimes ligados aos meios eletrônicos de pagamento. "Em conjunto, essas medidas, bem como a possibilidade de os clientes colocarem os limites de suas transações em zero, aumentam a proteção dos usuĂĄrios e contribuem para reduzir o incentivo ao cometimento de crimes contra a pessoa utilizando meios de pagamento, visto que os baixos valores a serem eventualmente obtidos em tais ações tendem a não compensar os riscos", informou o órgão em comunicado.
Para o BC, os mecanismos de segurança presentes no Pix e nos demais meios de pagamento não são capazes de eliminar por completo a exposição de seus usuĂĄrios a riscos. No entanto, o trabalho conjunto do Banco Central, das instituições reguladas, das forças de segurança pĂșblica e dos próprios usuĂĄrios permitirĂĄ reduzir a ocorrĂȘncia de prejuĂzos.
Pedido
O Banco Central atendeu à reivindicação dos bancos. Nesta semana, diversas instituições financeiras pediram ao órgão o endurecimento de regras do Pix para dificultar a ação de criminosos. Desde março, os limites do Pix estavam igualados aos das transferĂȘncias eletrônicas. Em abril, os usuĂĄrios passaram a poder personalizar os limites no aplicativo das instituições financeiras.
Apesar da praticidade, as mudanças aumentaram os casos de fraudes, de roubos e de sequestros relâmpago relacionados ao Pix. Criminosos aproveitavam da rapidez das transferĂȘncias instantâneas para aplicarem golpes ou forçarem vĂtimas a transferir elevadas quantias durante a noite para a conta de laranjas. O dinheiro era, em seguida, pulverizado para outras contas, dificultando o rastreamento pelas instituições financeiras e pelas forças de segurança.